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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ataque aos direitos dos trabalhadores se avizinha

 Michel Temer-PMDB


Por Ronaldo Werneck

Se tem algo que o trabalhador tem afirmado, ultimamente, é que não gosta de política. Mas política todos nós fazemos e devemos fazer. Na verdade política é a arte de defender ideias. Sem a política não conseguimos evoluir como sociedade. Acontece que a narrativa a respeito da situação política nem sempre é comprometida com os fatos. A narrativa feita pela mídia corporativa atende seus interesses e de quem a financia.

 O Brasil passa por um momento muito delicado. Não é segredo que o governo Dilma tem sido questionado pelos trabalhadores e, principalmente pela oposição, desde quando ela ganhou as eleições. No caso da oposição desde quando perderam a eleição. Foram  os boatos de que as urnas haviam sido fraudadas. Logo em seguida o PSDB, que teve seu candidato derrotado, entrou com processo de recontagem dos votos, questionando o resultado eleitoral. E assim por diante. Chegaram ao ridículo de entrar com pedido no TSE para que diplomassem Aécio em vez de Dilma. Segue então o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, em torno de denúncias, sucessivas, sobre a Petrobrás. Nesse processo, funcionários graúdos da estatal, diretores de empreiteiras, agentes públicos, dirigentes partidários e parlamentares, seletivamente, foram sendo acusados, presos e, posteriormente, alguns, elevados a posição de delatores, para terem suas penas atenuadas.

Nesse jogo político o papel dos meios de comunicação tem um peso muito grande. Tendo seu candidato Aécio Neves-PSDB derrotado, a mídia, seletivamente, organiza um espetáculo televisivo, que tem elevado o desgaste que o governo Dilma vem sofrendo. Ora erros do governo e pela crise econômica mundial, que é retratado pela mídia empresarial, como se fosse apenas no Brasil, ora pela crise política, capitaneada pela oposição e insuflada por esses próprios meios de comunicação, que se partidarizaram.

Acontece que nessa briga, os trabalhadores estão pagando a conta. Como sempre. Este mês o nível de desemprego no país bateu dois dígitos. As lutas e conquistas dos trabalhadores nos últimos anos correm o risco de serem suprimidas, principalmente onde não há organização e disposição de luta. A classe trabalhadora, hoje, como num equilíbrio sobre uma corda, tem de decidir em optar por um governo inerte, frente aos ataques do mercado financeiro e do setor produtivo, somado ao papel da mídia. Ou a deposição do governo Dilma, num flagrante rompimento da ordem institucional, em que as consequências já foram anunciadas aos trabalhadores, através de um projeto do PMDB, denominado Uma Ponte para o Futuro, em alternativa a política econômica, social, previdenciária e trabalhista que seguia com este governo.

Nas proposta do PMDB, ao assumir a Presidência da República, com a destituição da presidenta Dilma, o retrocesso das conquistas dos trabalhadores é eminente. Proposta como a terceirização da atividade fim nas empresas, a quebra da partilha da Petrobrás e, principalmente o foco no desenvolvimento centrado na iniciativa privada, anuncia o estado mínimo (neoliberalismo) e a projeção de privatizações de empresas estatais estratégicas.

É o fim de um ciclo, onde boa parte dos trabalhadores se acostumaram com o reajuste com ganho real do salário mínimo, calçado em legislação própria. É o fim ou diminuição drástica de programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, FIES, PROUNI, dentre outros, pois o documento anunciado pelo PMDB é uma clara demonstração de seu compromisso com os patrões e o capital internacional e menos com o desenvolvimento estratégico do Brasil.

A pergunta fica; onde devem estar os trabalhadores nessa disputa pelo poder? Acredito que devem ficar na defesa de seus interesses de seus direitos e de suas conquistas. Tem de estar na defesa da democracia, da ordem institucional, onde não deve haver ruptura.

Na verdade os trabalhadores devem estar organizados e mobilizados. Sem isso, companheiros, a classe trabalhadora tem sempre a perder.

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