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terça-feira, 24 de março de 2015

Record demite funcionários e dirigente sindical em claro ataque a organização da categoria

TV Record São Paulo
 

Por Ronaldo Werneck

Em plena Campanha Salarial deste ano a TV Record, emissora do bispo Edir Macedo, demite todos os trabalhadores da maquinaria, inclusive um dos dirigentes sindicais, que tem estabilidade no emprego. Foram mais de 20 trabalhadores. Com isso, demonstrando um sério e grave ataque a organização da categoria.

Já algum tempo, o Sindicato dos Radialistas, vem apontando a movimentação da empresa nessa direção. Em querer terceirizar diversos setores da emissora e, com isso, desrespeitando a regulamentação da profissão. Segundo a empresa, a decisão de demitir esses trabalhadores foi porque a função de maquinista não é uma atividade fim de uma empresa de radiodifusão. O que não é verdade. A Lei 6.615. conhecida como Lei do Radialista, estabelece mais de 90 funções regulamentadas e a função de maquinista é uma dessas. Tanto é verdade que ela está dentro do setor de Cenografia. Por isso, considerada uma atividade fim de uma emissora de Radiodifusão.

Nesta terça feira a diretoria do Sindicato dos Radialistas, esteve na porta da empresa. Protocolou aviso de greve e conclamou, através de boletim e carro de som, todos os trabalhadores a se mobilizarem junto com o Sindicato.

Mais demissões virão nessas condições, pois a empresa tem notado a passividade dos trabalhadores da Record, que ainda não foram demitidos. E é isso em que está o cerne da questão. Sem mobilização dos trabalhadores da empresa, ela continuará a demitir em massa seus funcionários, com essa alegação estapafúrdia que citamos acima. Setor por setor da emissora poderão ser atingidos e a única maneira de revertermos essa postura da empresa é atender ao chamado do sindicato a se mobilizar.

Novamente o Sindicato estará na frente da emissora para chamar os trabalhadores para uma assembleia na porta da empresa e tomarmos uma decisão de muita importância para todos os trabalhadores da Record. Escute, converse com seu colega de trabalho sobre a postura da empresa e principalmente, sobre a solidariedade aos trabalhadores que foram e poderão ser demitidos. Somente assim temos condições, de no mínimo, discutir as condições de demissão dos trabalhadores. E, quiçá reverter as demissões. Pois a única linguagem que a empresa respeita e reconhece é a da mobilização dos trabalhadores, junto com seu sindicato.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Radialistas aprovam pauta de reivindicação em São Paulo

Votação: aprovação das contas do Sindicado apresentada na assembleia do dia 14 de Março


Assembleia de Aprovação da Pauta de Reivindicação

No último sábado (14), os radialistas paulistas aprovaram a pauta de reivindicação, que será negociada com os patrões em nossa data base deste ano. Uma novidade aprovada na pauta pelos presentes é  que o ganho eventual e o abono de 2016, caso seja negociado com os patrões, serão antecipados para serem pagos no mês de fevereiro e não mais depois da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. O deste ano já está garantido no mês de maio.

Assembleia Orçamentária e Congresso dos Radialistas

Foram aprovadas as contas do Sindicato (2014-2015) e previsão orçamentária (2015-2016). Houve também uma terceira assembleia, em que foram indicados os delegados ao  IX Congresso Estadual da Categoria, que será realizado nos dias 24, 25 e 26 de abril, na cidade de Itanhaém, litoral sul de São Paulo.

Colônia de Férias

Umas das discussões, que também fazia parte da assembleia, neste caso apenas para os sócios da entidade, foi tomar decisão sobre o que fazer com a Colônia de Férias dos Radialistas, que fica na cidade de Itanhaém. Houve proposta de vende-la, já que a colônia tem funcionado deficitariamente e não tem contribuído para a organização dos radialistas. Mas os radialistas sócios presentes, argumentaram que a Colônia é um patrimônio do Sindicato e que no momento não era interessante se desfazer dela. Como havia divergências em relação as propostas apresentadas, elas foram encaminhada a votação. Na qual foi decidido que ela deverá permanecer como patrimônio da entidade e que novas políticas de funcionamento e administração, deverão serem adotadas, para suprimir o déficit financeiro, que ela tem apresentado.

Fundo de desempregados

Assembleia decidiu que os trabalhadores, que também estão empregados, poderão usar os recursos desses fundos, para se aperfeiçoarem profissionalmente em cursos técnicos. O uso de recursos para esses cursos está limitado até 12 meses. Mas para utilização dele há critérios, como receber no máximo até dois pisos salariais da categoria. Mas vejam, é necessário que o trabalhador tenha contribuído para o fundo, no mínimo seis meses. Trabalhadores que recebem entre 2 e 4 pisos regionais também poderão receber a contribuição do fundo de até 50%. E para quem recebe até 6 pisos salariais a ajuda pode ser de até 25% do curso. Importante informar que a prioridade do fundo, como o próprio nome diz, é para os desempregados. As outras necessidade serão atendidas após o atendimento das necessidades dos desempregados, que procurarem os recursos do fundo no Sindicato.

Como podem ver, companheiros, decisões importantes foram tomadas pelos colegas na assembleia de sábado, pelos radialistas que são sócios do Sindicato (orçamento da entidade, tirada de delegados, manutenção da colônia de férias) e também os "não sócios" (pauta de reivindicação e fundo de desempregados). E com muitas coisas que tem relação direta com sua vida profissional.

Se você não pôde participar, não tem problema, haverá outras.

 Fique atento em nossa Campanha Salarial, para atender o chamado do Sindicato nas lutas que devemos ter sobre melhores salários e condições de emprego. E para decidir sobre o que é melhor, para você e seus companheiros de profissão.




segunda-feira, 9 de março de 2015

Próximo sábado (14) todos à assembleia dos Radialistas



Por Ronaldo Werneck

No próximo sábado, dia 14 de março, a partir das 9h00 da manhã, o Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo realiza assembleia de abertura da Campanha Salarial. Também serão realizadas nesta data, mais duas assembleias; a Orçamentária e de eleição dos delegados ao 9º Congresso Estadual dos Radialistas de São Paulo. Essas duas últimas voltadas apenas para os sócios da entidade sindical e que estejam com contribuição financeira em dia.

Na assembleia de abertura da Campanha Salarial todos trabalhadores de empresas de rádio e TV no Estado de São Paulo podem participar. Se você for do interior, procure o representante de sua região para se juntar a caravana. O sindicato disponibiliza transporte e alimentação. Os da capital, basta comparecer na data, hora e local. Serão todos bem recebidos.

É nesta assembleia de abertura da campanha salarial que os radialistas, reunidos com a diretoria de seu sindicato, elaboram uma pauta de reivindicações para sua Convenção Coletiva de Trabalho, que vão de cláusulas econômicas, como o reajuste de salário, reajustes dos vales refeições, dos ganhos eventuais/abonos salariais, às clausulas sociais, como o seguro de vida em grupo, creche e auxílio funeral, entre outras.

Já na assembleia orçamentária, a diretoria do Sindicato dos Radialistas faz sua prestação de contas. Da arrecadação financeira, dos gastos com os recursos angariados durante o ano e previsão orçamentária. É nesta assembleia onde os trabalhadores, junto com a diretoria, decidem onde deve ser feito os gastos dos recursos, além daqueles que, usualmente, são feitos para manutenção e luta da categoria. Nesta assembleia será feito a discussão a respeito da Colônia de Férias da categoria.

Na assembleia para eleição de delegados ao 9 º congresso Apenas os radialistas sócios do Sindicato poderão votar, se candidatar, para serem eleitos como delegados ao 9º Congresso Estadual dos Radialistas do Estado de São Paulo. Para isto basta estar em dia com a contribuição financeira com o Sindicato.

A importância dessas assembleias na vida dos radialistas é muito importante, não só pela manutenção de toda estrutura física e política, mas organizativa dos trabalhadores. Sem organização os trabalhadores são vítimas, frequentes, dos ataques patronais, interessados apenas em seus interesses. Quem cuida dos interesses dos trabalhadores, devem ser os próprios trabalhadores. E o Sindicato é seu instrumento de organização. São nesses momentos, de reunião da categoria, que se definem rumos de como devemos nos preparar para os desafios que vão surgindo para a classe dos trabalhadores.

Não fique de fora. Venha participar!

domingo, 1 de março de 2015

Equipe da TV Cultura sofre violência por funcionários terceirzados da Prefeitura de São Paulo

Radialista Daniel Pinto Azeredo, segurando a câmera quebrada


Por Ronaldo Werneck

No último dia 26 recebemos, com indignação e não surpresa, mais uma notícia envolvendo violência contra trabalhadores da comunicação. Informação divulgada pelo colunista Flávio Ricco, com a colaboração de José Carlos Nery, relata que uma equipe de jornalismo, liderada pela repórter Luiza Moraes, foram agredidos por funcionários terceirizados da Prefeitura Municipal de São Paulo.

O caso ocorreu na rua Tupi, enquanto equipe fazer cobertura jornalística a respeito de uma queda de árvore.

Essa situação não é novidade e não irá acabar tão cedo. Por conta da exposição, que os trabalhadores da área de comunicação estão sujeitos, durante seu trabalho. Eles tem enorme vulnerabilidade a serem vítimas desse tipo de intolerância. O Sindicato dos Radialistas de SP, lançou nota de repúdio, na qual toda a sociedade deve se solidarizar.

Com poucas informações, conseguimos apurar que apenas o equipamento da emissora foi danificado. Mas nem sempre é só isso que ocorre. No início do ano passado, o operador de câmera da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, faleceu aos 49 anos, vítima também da violência, durante seu trabalho.

Morto em 2014, o radialista Santiago Andrade, vítima da violência durante exercício profissional

Estimular a tolerância deve ser o papel de todos em nossa sociedade. Principalmente em relação aos trabalhadores, que trabalham com a comunicação. Não são eles os responsáveis, por dar linha editorial nos veículos de comunicação. Portanto, são os que menos deveriam ser alvo desse tipo de agressão.