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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quando o interesse público prevalece sobre o privado




Desde o início dos anos 90 o Sindicato dos Radialistas de SP optou por somar suas forças com a sociedade organizada e exigir a democratização dos meios de comunicação no Brasil. Um sonho distante, mas não impossível. Graças a organização da classe trabalhadora, juntamente com outros movimentos da sociedade civil, foi possível criar organismos de resistência e de proposituras para quebra do monopólio midiático no Brasil. Mesmo após a eleição do presidente Lula, candidato de grande parte desse movimento popular, não viram em seu governo, o avanço de suas lutas de maneira institucional.

Os meios de comunicação no Brasil continua sendo um setor intocável. Infelizmente. Com força política demasiada, interfere na vida do cidadão brasileiro de diversas maneiras. Além de omitir ou desvirtuar informações conforme seus interesses, hoje devido a grande impunidade, chega às barras da irresponsabilidade em fomentar factóides baseados em informações dúbias. Negligenciando a ética jornalística.

Essa postura dos meios de comunicação, pra quem tem uma visão sociológica da situação, entende perfeitamente que esse setor da sociedade defende interesses de nossa elite econômica e não do povo brasileiro. Seus interesses privados se sobressaem sobre o interesse público. Graças à essa postura o país seguiu atrasado nos diversos campos de funcionamento de nossa sociedade. Durante muito tempo, ainda por perdurar, se não houver comprometimento das bases com o destino do país. Os representantes da sociedade na verdade eram, ou melhor, ainda são, representantes desse grupo econômico ligado ao setor de comunicação. Que por sua vez representam os proprietários dos meios de produção. Sejam eles de produtos ou de serviços. Apesar dessa argumentação ser política, revela como nossa sociedade segue refém dos interesses dessa elite econômica que por muito tempo dita os rumos do país. Salvo coisas pontuais, como na política externa do atual governo que tem tomado uma postura independente. Portanto a postura adotada pelo governo argentino, de aprovar uma medida legal de quebrar o monopólio de comunicação naquele país é imprescindível para a existência de uma democracia plena. Essa medida governamental  vai de encontro aos interesses da maioria do povo argentino, quiçá de toda a América Latina.  Constantemente vítimas da manipulação midiática no continente. É o que esperamos de quem assuma a cadeira presidencial no Brasil no início do ano que vem; de levantar a discussão da quebra do monopólio dos meios de comunicação no Brasil.

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